segunda-feira, 6 de junho de 2011

DIREITO E MÚSICA

Na noite do dia 3 de junho, ocorreu a apresentação musical do aluno Luciano Miranda como parte das atividades da Exposição Itinerante “Direito à Memória e à Verdade. As canções interpretadas foram:
"Pra não dizer que não falei das flores" (também conhecida como "Caminhando") é uma canção escrita e interpretada por Geraldo Vandré. Ficou em segundo lugar no Festival Internacional da Canção de 1968 e, depois disso, teve sua execução proibida durante anos, pela ditadura militar brasileira. A melodia da canção tem o ritmo de um hino, logo era cantada nas ruas. O sucesso de uma canção que incitava o povo à resistência levou os militares a proibi-la, usando como pretexto a "ofensa" à instituição contida nos versos "Há soldados armados, amados ou não / Quase todos perdidos de armas na mão / Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição / de morrer pela pátria e viver sem razão".
“O bêbado e o equilibrista”. O final de 1978 e início de 1979 marcaram a luta pela Anistia Política. O hino da Anistia foi à canção "O Bêbado e a Equilibrista", de composição de João Bosco e Aldir Blanc, lançada no LP de João Bosco "Linha de Passe" de 1979 e gravada por Elis Regina com imenso sucesso. A sociedade lutava para que os presos políticos fossem anistiados, e os exilados pudessem retornar ao Brasil. A Lei da Anistia (Lei Federal n° 6.683, de 28/08/1979) foi promulgada logo após o General João Baptista de Oliveira Figueiredo ser empossado em 15/03/1979. Ela consistia em anistiar qualquer cidadão envolvido em crimes políticos no período compreendido entre 25/08/1961 (data da renúncia do então presidente Jânio Quadros) e 15/08/1979 (data da entrada em plenário da lei para apreciação pelo Senado Federal). No mesmo sentido, eram anistiados os servidores públicos civis e militares. A lei da Anistia consistia em uma via de mão dupla, pois, além de anistiar as vítimas de crimes políticos, também anistiava inúmeros agentes a serviço da repressão do regime (torturadores, assassinos, entre outros). Isso foi chamado no jargão jurídico, de "Anistia de Dupla Mão". Isso possibilitou a volta de inúmeros cidadãos que viviam no exílio, tais como os cantores Gilberto Gil, Caetano Veloso, e políticos como Miguel Arraes, Leonel Brizola, entre outros.

Prof. Daniela de Oliveira Pires fazendo a apresentação do aluno Luciano.
Luciano Miranda.

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